Como transformar boas ideias em valor para a sociedade? Como obter o máximo retorno sobre o capital empregado nesta transformação? Uma das principais métricas
de sucesso de uma empresa é baseada na capacidade de executar uma ideia obtendo o máximo retorno possível. E saber como aplicar este capital no momento atual, que é um dos mais efervescentes em termos de mudanças de paradigmas, é um desafio.
Os modelos de negócio ocorrem cada vez mais na plataforma da Internet, amplificada agora pela portabilidade dos “mobiles”, pela Internet das Coisas e pela Indústria 4.0. Essa plataforma de negócios provoca outra mudança de paradigma: a migração do modelo de empreendimento baseado em “Design de Produto” para o modelo baseado no “Design do Negócio”, onde todo o negócio precisa ser rapidamente validado e ajustado junto ao mercado. Errar rápido e a baixo custo, revalidar rápido, pivotar, escalar; estas são novas variáveis na equação de modelagem.
O paradigma de patrimônio evolui para o paradigma de uso. As novas gerações de consumidores valorizam mais o “usar” do que o “possuir”, não é mais uma sociedade de investimento prioritário em formar patrimônio e sim em formar valor. Empresas buscam otimizar o investimento em ativos na medida da demanda e, onde possível, usar ativos temporários ou alavancados.
A economia baseia-se cada vez mais em algoritmos e transações instantâneas e automatizadas, o que estabelece um ambiente mais transparente e de reação imediata.
As novas empresas e startups já nascem dentro desses novos paradigmas, mas muitas carecem de experiência, ou enfrentam dificuldade em recrutar diferentes expertises em curto espaço de tempo e gerenciar, com a devida disciplina, estas capacidades para promover crescimento e geração de valor rapidamente.
No campo político e econômico, diminui rapidamente o espaço para artificialismos protecionistas, favorecimentos e compadrios, que tendem a ter uma influência cada vez menor na competitividade das empresas, deixando-as expostas e obrigando-as a desenvolver novas vantagens competitivas, criando valor para os clientes e partes interessadas. Enfim, para uma sociedade de economia livre.
E é neste novo contexto que a posição do CEO enfrenta um desafio enorme, muitas vezes de forma solitária, que é o de preparar a sua organização para seguir adiante de uma forma sustentável.
Acertar na direção de crescimento, equilibrando eficiência com inovação, resistir ao viés da confiabilidade utilizando a sensibilidade e o papel de designer para criar valor, preparar as pessoas, adotar novas tecnologias, enfrentar e mitigar os riscos inerentes às mudanças, criando uma cultura voltada para incentivar novas experiências, aprendizagem contínua e empatia com clientes; tudo isso gerando resultados para manter a empresa rentável e sustentável. Estes são os grandes desafios atuais do CEO.
Em um mundo em que o pensamento de curto prazo se apoderou de muitos executivos e investidores, se torna necessária uma perspectiva sobre os principais fatores determinantes do valor de longo prazo.
O pensamento empresarial tradicional e as práticas contábeis muitas vezes distraem executivos e investidores de um desempenho sustentado, tirando o foco em fontes mais duradouras de vantagem competitiva
Falar a linguagem de ambos os acionistas e partes interessadas é uma importante contribuição para a nossa compreensão do capitalismo em um momento crítico, e um roteiro iluminador para o futuro dos negócios, ganhando legitimidade para mobilizar os escassos recursos da sociedade para o progresso humano.
Resumindo, mais do que nunca a missão, os valores e o propósito das empresas devem ser criados para envolver a força de trabalho para criar valor, sendo que os fundamentos da avaliação financeira devem ser unidos com uma ênfase única no propósito corporativo, cultural e de conhecimento, para transformar boas ideias em valor para a sociedade.