Um dos bons períodos da minha vida foi quando morei em Joinville, de 2001 a 2006, e trabalhei na Datasul, muito aprendi lá. Daquela época lembro-me bem de amigos maravilhosos e algumas frases interessantes, das quais aproveito duas para o artigo de hoje. A primeira vem de um “screen saver” que lembro da tela do PC um colega: “Oncotô, Doncovim, Proncovô” que em “Mineirês” creio que quer dizer “Onde estou, de onde venho, para onde vou”. A outra, mais filosófica, estava no Skype de um querido amigo, era mais ou menos assim: “A Felicidade é a medida da distância entre onde estamos e onde queríamos estar”.
Enfim, precisamos de referências, de rumos, de direções, de metas. Não só a nossa felicidade, mas o nosso bem-estar, a nossa autoconfiança, vêm de nos encontrarmos em uma condição de saber, mesmo que aproximadamente, quão perto ou longe estamos das referências que estabelecemos para nós mesmos.
Isso na área profissional é mais fácil de estabelecer. A meta é um motivador! E, se me permitem, digo de outra forma, é um moto-ativador! O simples fato de termos uma referência de atingimento já nos ativa para nos movimentarmos naquela direção. Não existe erro maior do que não estabelecer metas, isto deixa as pessoas perdidas e … desmotivadas, os motores não ativam.
Metas podem ser mudadas, e devem, na medida que o movimento se estabelece na direção da meta, o grau de aceleração nos permite identificar se ela pode ser ajustada, para mais ou para menos. Estabeleça metas, de vendas, de produção, de produtividade, de qualidade, enfim. E compare com as realizações anteriores.
O ”Doncovim” é importantíssimo. Quanto vendemos para cada cliente no ano passado? Qual era o nosso “share” dentro do orçamento daquele cliente? Qual o orçamento dele para o futuro? Ele cresce este ano? Oncotô? Quanto pode vir a ser meu “share” dentro desse orçamento futuro? Ah …, mas este cliente não deve crescer neste ano, vamos ter que compensar com outros clientes. Proncovô?
E temos que conversar com os números, eles são o nosso oráculo. Temos que juntar os números do “doncovim”, fazer as análises apropriadas, dar uma olhada nas possibilidades futuras, identificar o “oncotô” e estabelecer o “proncovô”.
O exercício contínuo de trabalhar estes números gera referenciais realísticos, se trabalhados em equipe, gera comprometimento, se bem avaliados em relação ao futuro, gera desafios. Referenciais coerentes, desafiantes e incorporados pela equipe geram a possibilidade de felicidade, pois dá uma meta, uma referência e um propósito.
Estabelecer metas, medir, ajustar, restabelecê-las; isso nos estimula a colocar as ações em movimento, isso é estar motivado. Proncovô? Na direção da minha meta! Feliz da vida!
Nota: A frase do Skype era do Antônio Carlos Correa (Tom Cau), e a do screen saver era do PC do Marco Chiaretti.